Associativismo como remédio
2020 começou com a promessa de um ano promissor. Pós-crise financeira e regado de otimismo. Mas um acontecimento de grandes proporções mudou os rumos do ano. A pandemia do coronavírus desnorteou tudo aqui que havíamos planejado.
Medidas econômicas foram tomadas pelos governos na esfera municipal, estadual e federal, e representaram uma ajuda ao setor produtivo. Todavia, uma ajuda. O problema também não está nos tributos, que só representam parte do prejuízo. Muitos enfrentam dificuldades de sobrevivência, e precisamos pensar juntos no pós-coronavírus, pois não existem soluções milagrosas. Outra preocupação da Federação está no acesso aos financiamentos. A grande preocupação está centrada nos empresários de micro e pequenas empresas que tiveram suas atividades paralisadas. Esses empreendedores em geral não têm recursos disponíveis como reservas para contingências e situações como esta. Razão pela qual há uma angústia muito grande desse empresário para este fim. Mesmo que instituições financeiras estejam apresentando propostas de empréstimos, de capital de giro, e outras modalidades, a maioria deles tem dificuldade de acesso a essas linhas, ou não tem muita atividade, ou não tem garantia, ou não tem tradição de relacionamento com entidades financeiras. Essa é a angústia que realmente vai gerar consequências muito sérias e muito graves.
Um elixir que ajuda também em momentos como este é o associativismo. O mesmo associativismo que nasceu com a colônia portuguesa no Brasil e que guardadas as devidas proporções, os nossos propósitos continuam os mesmos: lutamos pelo desenvolvimento e pelo crescimento das nossas cidades, estados e País. Unimos empresários que eram concorrentes e que depois de conhecerem o Programa Empreender, passam a trabalhar juntos pelo bem do setor que atuam. Isso é o associativismo na prática. Isso mostra o quão importante é este movimento para o crescimentos das nossas cidades. É toda esta união, trabalhada há mais de 500 anos, que é necessária para este momento que vivemos. Neste dia 30 de abril em que é comemorado o Dia do Associativismo, não poderíamos deixar de falar da importância deste segmento para o desenvolvimento socioeconômico.
Santa Catarina, com toda a sua pujança e capacidade produtiva, já se mostra como potencial propulsor a sair da crise em um processo mais breve. É a união de 148 associações empresariais através da Facisc, que juntas representam mais de 35 mil empresas catarinenses, engajadas voluntariamente ao Sistema, que faz com que essas associações sejam verdadeiros agentes de transformação e de mudança em cada uma das nossas cidades.
Jonny Zulauf
Presidente da Facisc