CACB tem encontro com Dilma Rousseff
Em encontro com a presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, George Pinheiro, solicitou apoio institucional do governo brasileiro para reforçar a vontade política do País em sediar a 11ª edição do Congresso Mundial de Câmaras de Comércio. O evento, que ocorre a cada dois anos, reúne líderes mundiais para discutir os rumos do setor.
Junto aos presidentes das Federações e a diretoria da CACB, Pinheiro foi recebido pela presidenta Dilma no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira (24). A reunião, durou quase duas horas e contou com as presenças do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, e do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Magalhães Furlan.
Depois de ouvir os presidentes da CACB que entra, George Pinheiro, e o que sai, José Paulo Dornelles Cairoli, a presidenta Dilma ouviu as manifestações de presidentes de Federações e do Sebrae, Afif Domingos, e explicou o quadro econômico do País reconhecendo que “quando não se trata a crise, ela se aprofunda, assim como uma doença”. Esclareceu que está sendo difícil tratar uma crise em uma “instabilidade sistemática”.
Revelou que vai adotar medidas duras para o controle de gastos, retirou qualquer possibilidade de desoneração e reconheceu que o Brasil chegou ao limite fiscal em 2014, quando as instabilidades internacionais atingiram os países emergentes. “Precisamos fazer a ponte entre o Brasil de hoje e de amanhã”, disse Dilma.
Congresso do ICC
A capital do Rio de Janeiro concorre com Orlando, Buenos Aires, e Bogotá, para sediar a edição de 2019, quando o Congresso será realizado nas Américas. Há cerca de dois anos, a CACB está empenhada em vencer esta disputa cuja decisão acontece até julho. A presidenta prometeu ajuda.
Aproveitando a oportunidade, Pinheiro entregou à presidenta uma carta-ofício listando outras demandas do setor empresarial. Entre elas, solicitou estratégias políticas que permitam a sustentabilidade econômica, em especial para micro e pequenas empresas, que são a maior parcela geradora de renda e emprego no país.
“Pedimos a ampliação do SuperSimples, que é um regime de tributação extremamente importante e que não prejudica a arrecadação de impostos. Pelo contrário, as pesquisas do Sebrae indicam que o Simples aumentou a arrecadação, pois permitiu a formalização de grande parte dos empresários. Além disso, nosso setor demanda também a regulamentação da terceirização e a flexibilização dos meios de pagamento em épocas de crise”, pontua o presidente da CACB.
Senado Federal
Depois da reunião com a presidenta, George Pinheiro e sua comitiva foram recebidos no gabinete do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, que recebeu uma pauta legislativa com seis itens de interesse da Confederação. Entre eles, a regulação da terceirização, a simplificação do Super Simples e rejeição da medida que aumenta a tributação sobre investimento.