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Mais de 90% dos turistas pretendem voltar a SC na próxima temporada, aponta pesquisa

Sob a perspectiva dos empresários de diversos setores de comércio e serviços, impactados diretamente pela movimentação de turistas, a temporada reaqueceu o mercado de trabalho: 26,7% dos estabelecimentos contrataram colaboradores temporários para atender a demanda. Os maiores percentuais de contratação foram em Imbituba e São Francisco do Sul.



Mais de 90% dos turistas pretendem voltar a SC na próxima temporada, aponta pesquisa

A chamada 'supertemporada' 2015/2016 consolidou o turismo como um dos motores da economia em Santa Catarina e atraiu os olhares para um dos destinos mais dinâmicos do país. Nesta sexta-feira (29), a Fecomércio SC apresentou os resultados da Pesquisa de Turismo - que mapeou o perfil de quem visitou o litoral catarinense neste verão e os impactos para os empresários - e debateu com representantes do trade as soluções para a próxima temporada.



O evento reuniu Filipe Mello (Secretaria Estadual de Turismo, Cultura e Esporte), Valdir Walendowsky (presidente da Santur), Vinicius Lummertz (ex presidente da Embratur), Fernando Willrich (vice-presidente de turismo da Fecomércio SC), João Moritz (presidente da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio SC), entre outras lideranças empresariais.


“A pesquisa aponta que a estada foi considerada positiva, tanto que mais de 91% dos turistas têm intenção de voltar. Os meios de hospedagem e a receptividade dos moradores foram muito bem avaliados, o que ajuda a fidelizar o “cliente” de Santa Catarina. O levantamento desses dados devem suprir uma lacuna estatística do setor e trazer indicadores que possam orientar a atividade turística, tanto para as empresas, como para o governo”, avalia Willrich.


Os dados foram levantados em quatro pontos do Litoral: Florianópolis, Balneário Camboriú (Litoral Norte), Imbituba (Sul) e São Francisco do Sul (Norte) para englobar os diferentes comportamentos em cada região.



Raio-x do setor

Neste ano, o estado recebeu um público flutuante maior do que a própria população, estimada em sete milhões. Em média, o maior número de turistas está na faixa etária dos 31 aos 50 anos (50,6%) e é casado ou em união estável (60,3%), com leve predominância do sexo feminino (50,7%). Destaque para o público acima dos 60 anos, que teve maior representatividade em Balneário Camboriú (13,9%), índice de casados em São Francisco do Sul (mais de 70%) e de solteiros em Florianópolis (44,1%).

Embora os hermanos tenham vindo em peso a SC (18,1%), mais do que o dobro de 2015 (7,6%), os brasileiros representaram a maior fatia dos turistas (76,6%), vindos especialmente do RS e PR. A Capital recebeu o maior percentual de turistas estrangeiros (45%). Já em Imbituba, o número de argentinos saltou de 8% no ano passado para 25,7% em 2016, mais do que triplicou.

“O estado de São Paulo é um grande emissor de turista no país e nós recebemos apenas 10% desse público na temporada, atrás do gaúcho (28,8%), paranaense (28,2%) e interno (24,3%). Temos um potencial para explorar”, afirma Walendowsky.

Mais da metade (52,8%) dos frequentadores do Litoral Catarinense estão situados na classe C, com renda média familiar mensal nas faixas de R$ 1.510 a R$ 6.506. Quanto ao gasto médio, 24,9% dos desembolsaram menos de R$ 920,00; 24,3% entre R$ 920,00 e R$ 1.899,99; 24,4% de R$ 1.900,00 a R$ 3.699,99 (tíquete médio) e 26,5% gastaram R$ 3.700,00 ou mais.

"Neste verão, a escolha do meio de hospedagem em Santa Catarina foi bastante variada, movimentando hotelaria e imobliárias", aponta João Moritz. Conforme a pesquisa, 31,4% ficaram em casas alugadas, 20,9% em pousadas, 18,5% em casa de parentes e amigos e 14,1 % em hotel. Enquanto em Florianópolis o setor de hotelaria (hotéis e pousadas) somou 42,1% das opções, em São Francisco do Sul, 56,6% dos turistas alugaram casas de veraneio. Já Balneário Camboriú destacou-se por conta dos imóveis próprios (22,9%).

Mesmo que o turismo catarinense esteja conquistando o protagonismo no cenário nacional nas últimas temporadas, o setor ainda precisa avançar em infraestrutura das praias (22% consideraram de regular a péssimo) e serviços de orientação ao turista, atributo com o maior percentual de não uso (67%).

O movimento nas estradas já sinalizava de que o carro foi o meio de transporte preferido nesta estação: 74% vieram com veículo próprio, 12,4% de avião e 9,6% de ônibus regular. “Os dados confirmam a necessidade de ter uma malha viária que atenda essa demanda, com segurança e comodidade para os motoristas. Também precisamos investir no receptivo para esse público e já estamos prevendo aplicativo e centro de atendimento móvel para o próximo ano. A informação precisa chegar ao turista”, pondera o secretário Filipe Mello.

Sob a perspectiva dos empresários de diversos setores de comércio e serviços, impactados diretamente pela movimentação de turistas, a temporada reaqueceu o mercado de trabalho: 26,7% dos estabelecimentos contrataram colaboradores temporários para atender a demanda. Os maiores percentuais de contratação foram em Imbituba e São Francisco do Sul.

A maioria dos empresários entrevistados (61,3%) também avaliou os estabelecimentos tiveram um faturamento de 0% a 39% maior do que na temporada de verão de 2015.

Fonte: Fecomércio


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