Elementos técnicos/científicos repelem o fechamento do setor produtivo.
Material compilado pela Associação Empresarial de Imbituba e pela Câmara de Dirigentes Lojistas, foi levado ao conhecimento do Prefeito Municipal, com o objetivo de modificar o ângulo de compreensão da situação pandêmica como um todo, no que tange ao combate ao novo coronavírus e aos efeitos que tem gerado à sociedade.
Em um primeiro plano, as entidades entendem que é extremamente importante que se tenha em mente que as medidas adotadas para o combate à pandemia não podem e não devem ser mais prejudiciais do que os próprios efeitos da pandemia. No entanto, é sabido que o setor produtivo é o segmento que mais tem sentido os efeitos deste aparentemente incessante isolamento social. "Com tranquilidade podemos afirmar que, de tudo o que já vimos até agora à nível nacional e até mesmo mundial, o nosso maior medo é onde iremos parar se não conseguirmos equalizar as medidas de combate ao vírus", afirma o presidente Adilson Silvestre.
Justamente por ser o segmento que abastece o setor público como um todo, gerando riqueza e valores, e possibilitando a implementação de políticas públicas em favor da coletividade, é que merece toda a previdência possível, devendo ser fielmente protegido e blindado pelos gestores públicos em geral.
Para o Diretor de Assuntos Governamentais da ACIM, Dr. Gustavo Borba Benetti, que atuou na montagem da compilação, já se tornou mais que enfadonha a discussão sobre a conotação que merece ser dada ao binômio saúde/economia, a questionar-se qual destes bens tutelados merece pesar mais na balança da justiça. E imaginamos que os gestores públicos e aplicadores do direito já devam estar cansados de ouvir esta discussão. Mas aqui já adiantamos que, para nós, tal dicotomia é fantasiosa. Saúde e economia são institutos que devem estar alinhados, e ambos devem ser respeitados por todos, sem exceção, e não somente pelo poder público, como querem fazer acreditar alguns “filósofos de ocasião”, afirma o Dr. Gustavo.
Entretanto, é sensato dizer que algumas entidades têm colocado a questão da “saúde” como único bem a ser tutelado, o que não deve prevalecer. Saúde é importante sim, por óbvio. E que seja eternamente reprimido aquele que tentar demonstrar o contrário. Entretanto, a situação merece balizamento. O contágio da Covid-19 é algo que sempre vai estar acontecendo, faça-se lockdown ou não.
Para a Presidente da CDL, Rosane Souza, existe a convicção de que devem ser adotadas sim as medidas de distanciamento social e de proteção individual, e buscar sempre o melhoramento do sistema público de saúde, com o fim de evitar o seu colapso. No entanto, nada justifica o fechamento e/ou o enfraquecimento dos vários segmentos do setor produtivo, se é fato que o seu funcionamento consegue perfeitamente conviver com as medidas de proteção à saúde, até que haja o advento da vacina, ou, quiçá, a eliminação do vírus, pontua a presidente.
O Diretor Jurídico da ACIM, Dr. Marlon Testoni Batisti, que também atuou na compilação do material, explica que a discussão que foi gerada sobre a aplicabilidade ou não dos pareceres que são exarados pelo “Comitê Extraordinário Regional”, cuja sugestão pelo acatamento tem sido inclusive objeto de recomendação por parte do Ministério Público Estadual, é justamente o que motivou a montagem e envio do expediente ao Prefeito. Acreditamos piamente que existem sim elementos técnicos/científicos que justificam o enfrentamento à Covid-19 sem que seja necessário tomar-se medidas rígidas e/ou restritivas à coletividade em geral, explica o Dr. Marlon.
A compilação dos elementos técnicos/científicos levou em consideração os seguintes elementos:
Alerta emitido pela FAO/ONU sobre o perigo ante a escassez de alimentos e duplicação do número de pessoas que enfrentam crises alimentares.
Compilado de pesquisas mundiais sobre os custos do desemprego.
Estudo da Fundação Getúlio Vargas denominado de MAPA-COVID.
Pesquisa de aponta que a transmissão do vírus também ocorre em casa.
Indicadores de que o contágio ocorre nas instituições que prestam serviços essenciais à população, e não no setor produtivo em si.
Estudos sobre a possibilidade de melhora da imunidade da população com o fornecimento de Vitamina D.
A entidade entende que as ações devem ser conduzidas com prudência e sensatez, enfrentando o vírus com o implemento sim de medidas diárias de proteção, mas sem o emperramento da economia. Em outras palavras, as estratégias de "mitigação" que em tese salvam vidas estão apenas transferindo o fardo de algumas pessoas para outras. finaliza o presidente Adilson Silvestre.
Para acessar a documentação completa, basta clicar no link abaixo: