top of page

Barra de Ibiraquera já recebe ações de compensação ambiental

Ações da associação de moradores fazem parte do Protocolo de Sustentabilidade acordado após o embargo do Loteamento Barra de Ibiraquera

Quem visita a Barra de Ibiraquera com frequência já deve ter percebido as novidades entre a praia e a lagoa. Nos últimos tempos moradores e empresários estão dedicando-se para fortalecer ações de preservação e desenvolvimento sustentável. A ação que está chamando a atenção pela beleza e usabilidade é a instalação das passarelas sobre as dunas, com o objetivo de facilitar a entrada de pedestres na praia, inclusive para cadeirantes, e dificultar o acesso de carros e motos, protegendo o ecossistema.

O Núcleo de Turismo da Barra de Ibiraquera e Região – ACIM Barra esteve reunido com a associação de moradores para discutir ações entre empresários e moradores que beneficiem ainda mais a comunidade. O ACIM Barra já instalou placas de informação sobre o que as leis proíbem em relação às atividades na praia e também está disponibilizando sacolas ecológicas e lixeiras para que as pessoas possam dar o destino adequado ao lixo.

As passarelas foram instaladas pela Associação de Moradores e Amigos da Praia da Barra de Ibiraquera – AMAPI. De acordo com João Ghisleni Filho, vice-presidente, as passarelas são apenas uma parte das compensações que a associação se comprometeu a fazer no Protocolo de Sustentabilidade, que surgiu em conciliação feita em 2014, em consequência da Ação Civil Pública 2006.72.16.002813-6, aberta em 2002 pelo Ministério Público Federal.

“As obrigações da Amapi devem ser cumpridas até o meio do ano, das dez passarelas, já temos sete. É muito bom ver que já está sendo utilizada pelos moradores, visitantes e os cadeirantes também, que antes não conseguiam chegar até a praia. O protocolo ainda nos pede um Manual do Proprietário, com orientações sobre como construir, regras como captação de água da chuva, material ecológico e certificado e outras exigências que já estamos concluindo. Também regularizamos as casas existentes, pois tínhamos casas sem habite-se. A prefeitura não liberava antes do acordo, então pudemos regularizar as construções, adaptadas dentro de regras bem rigorosas de sustentabilidade”, destaca.

A Amapi também está fazendo uma praça. “Serão três quadras inteiras de área verde, 10 mil metros quadrados cada uma. Já estamos implantando a primeira, plantando de mudas nativas, e também já montamos uma quadra de vôlei. Estamos incentivando as pessoas que tem talento a fazer plaquinhas de conscientização como “colete seu lixo”, “praia limpa, mar limpo”, “não polua, evolua. Buscamos auxílio entre os proprietários de lotes, com rateios para cumprir os compromissos”, comenta João.

A prefeitura ficou responsável pela urbanização e infraestrutura, calçamento de todas as ruas, remoção das árvores exóticas. “O que está embargado hoje é a parte da Rua 2 Leste em direção a Ribanceira, e da Quadra da Praia na Rua 5 Leste. A manutenção da estrada não está embargada, o que não pode ser feito são as construções e ampliações, ou seja, nenhum tipo de obra, até que o acordo seja cumprido. Agora precisamos cobrar do município que cumpra a parte dele. Há uma expectativa de boa fé de poder construir”, espera a associação.

O grupo já organiza um crowdfunding online – ou uma vaquinha virtual – para ajudar nas ações de preservação. O vídeo da campanha pode ser acessado AQUI.

Comments


Destaques
Arquivo
bottom of page