Cattalini recebe comitiva de Imbituba
Empresários da cidade conheceram a operação em Paranaguá (PR)
Dez empresários de Imbituba estiveram na sexta-feira (dia 4) na sede da Cattalini Terminais Marítimos, em Paranaguá (PR). Representando a Associação Empresarial de Imbituba (ACIM), o grupo foi convidado para conhecer as instalações e as operações do maior terminal privado de granéis líquidos do Brasil. Foram recebidos pelo CEO, José Paulo Fernandes, e membros da diretoria.
Na ocasião, a Cattalini manifestou o desejo de ampliar suas operações para Santa Catarina. A preferência seria por Imbituba, em área próxima ao porto. Estimado em R$ 300 milhões, o investimento no novo terminal geraria anualmente - em operação plena - R$ 25 milhões em impostos para o estado e R$ 3 milhões para o município, além de centenas de empregos diretos e indiretos.
A dependência de combustíveis que Santa Catarina tem em relação a Paraná e Rio Grande do Sul é um dos motivos que levam a empresa a optar pelo estado para erguer uma nova planta.
"Santa Catarina não tem refinaria. Depende do fornecimento vindo dos vizinhos. Mas a demanda crescente já levou Paraná e Rio Grande do Sul ao limite de capacidade, aumentando consideravelmente o risco de uma crise energética no estado", afirma Carlos Henrique Kszan, superintendente de novos negócios da Cattalini.
O executivo acrescenta que a existência de um porto consolidado, com bom calado operacional, e o potencial de desenvolver mão de obra local favorecem Imbituba na comparação com outras regiões.
Em Imbituba, a intenção da empresa é armazenar principalmente metanol (com o qual se produz biodiesel), óleos vegetais e combustíveis, dentro dos mais rígidos padrões internacionais de segurança. Na visita a Paranaguá, os empresários imbitubenses conheceram de perto o rigor operacional da Cattalini durante a armazenagem, carregamento e descarregamento de navios e caminhões com produtos líquidos.
"A Cattalini não mede esforços quando o assunto é segurança. Nossa prioridade é investir em segurança e automação, manutenção preventiva, atualização de equipamentos e treinamento constante dos colaboradores. A atenção dada às condições de trabalho, além dos sistemas de monitoramento e controle das operações, faz do terminal uma referência em termos de segurança no Brasil”, afirmou Fernandes.
De acordo com o CEO, o apoio da sociedade imbitubense é fundamental para o avanço do projeto: "Estamos falando de um investimento de longo prazo, de pelo menos 50 anos".
Para o presidente da ACIM, Adilson Silvestre, a presença da Cattalini contribuiria para o desenvolvimento sustentável do município.
"Estamos falando de mais empregos, mais impostos e cursos de capacitação para a contratação de trabalhadores em Imbituba", afirma Silvestre. O empresário acrescenta:
"A chegada de uma empresa desse porte fomentaria o comércio local, ajudaria a modernizar as atividades portuárias e contribuiria socialmente com o município".
O projeto para Imbituba contempla investimento em projetos educacionais, sociais e ambientais. Em Paranaguá, onde atua há 38 anos, a Cattalini vai investir R$ 2,1 milhões em atividades socioambientais apenas em 2019. A empresa apoia desde campeonatos de surf na vizinha Ilha do Mel até programas educacionais nas comunidades em seu entorno. Cinco escolas públicas já foram apadrinhadas na cidade paranaense.
Saiba mais
Ao longo da costa brasileira, dezenas de portos operam com granéis líquidos, essenciais para o abastecimento e desenvolvimento dos estados. Santa Catarina, conhecida pela pujança de sua economia portuária, ainda não realiza esse tipo de operação.
A Cattalini tem o maior terminal privado de granéis líquidos da América Latina, localizado em Paranaguá. Opera há 38 anos dentro dos padrões mais rígidos de segurança, fomentando a economia e contribuindo com uma série de programas socioambientais.
Imbituba reúne condições favoráveis à implantação de um terminal de armazenamento de granéis líquidos, o que impulsionaria o desenvolvimento do município, da região e de todo o Estado.
A Cattalini pretende investir em Imbituba. Para isso, é necessário que haja uma discussão transparente junto à comunidade e o atendimento de todas as normativas legais aplicáveis.
Segurança em primeiro lugar
Uma das dúvidas levantadas quando se fala em armazenagem de produtos inflamáveis tem a ver com o risco de acidentes. É fundamental esclarecer, por isso, que a operação com esses produtos exige vários sistemas de segurança que funcionam concomitantemente, tornando extremamente remota a possibilidade de incêndio no tanque.
Para haver fogo, é necessário que três condições ocorram ao mesmo tempo: existência de combustível (qualquer produto que possa se incendiar), oxigênio e fonte de calor (faísca, fagulha ou fogo). Os tanques da Cattalini possuem equipamentos e tecnologias que impedem a reunião desses três elementos, evitando as condições para a existência de fogo. São os seguintes:
Inertização: sistema automático que preenche o espaço vazio com um gás existente na nossa atmosfera, chamado nitrogênio. A presença deste gás impossibilita a geração de fogo porque não há oxigênio para a queima.
Aterramento: sistema para garantir a eliminação da diferença de potencial elétrico que possa ser gerado durante as operações e descargas atmosféricas, evitando geração de fagulhas no tanque (só há fogo se houver fonte de ignição).
Líquido Gerador de Espuma: espuma especial que é injetada sobre a superfície do líquido dentro do tanque, gerando uma barreira física entre o líquido (combustível) e o oxigênio, impedindo a geração de fogo.
Válvula de alívio de pressão e vácuo: equilibra a pressão interna o tanque com a pressão externa, a fim de assegurar que o tanque não seja pressurizado pelo aumento de temperatura interna, impedindo a possibilidade de explosão.
Teto do tanque: fixação do teto com uma solda especial funciona como uma espécie de tampa. Em caso de pressão excessiva no interior do tanque, a solda especial se rompe, permitindo a abertura parcial do teto para alívio da pressão, o que impede a possibilidade de explosão.
Válvula de Emergência: válvula de alívio de pressão em redundância com solda especial do teto do tanque.
Além disso, os dutos que fazem o transporte entre tanques e navios e caminhões possuem equipamentos de medição de pressão e monitoramento da integridade a fim de identificar qualquer trinca ou vazamento, por menor que seja. Na hipótese de falha de equipamento (rompimento de mangote ou falha de conexão), há válvulas de bloqueio que impedem o derramamento de produto, controlando a situação.
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