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“Chega de Mão Grande”: Imbituba terá Feirão do Imposto dia 27 de maio

Ação nacional da Conaje e Cejesc, é organizada pelo ACIM Jovem na cidade

O Feirão do Imposto chega a 15ª edição em 2017 e já tem data marcada. Será no dia 27 de maio, com o tema “Chega de Mão Grande”, uma ação contra a corrupção e a favor do retorno dos impostos. Realizado em mais de 100 cidades brasileiras com a proposta de informar a população sobre a carga tributária que incide em produtos e serviços no país, o Feirão terá um calendário de ações neste ano. De 1º a 26 de maio serão promovidas ações de conscientização e no dia 27 de maio, a realização da mobilização nacional.

Em Imbituba o Núcleo de Jovens Empresários da Associação Empresarial de Imbituba – ACIM Jovem organizam as ações. O Althoff Supermercados está apoiando a mobilização.

Ações em Imbituba

O ACIM Jovem, em parceria com o Observatório Social realizará uma palestra sobre a corrupção para alunos de uma escola de Ensino Médio da cidade. O objetivo é conscientizar os jovens desde cedo sobre a corrupção e a alta carga tributária do país.

Para a comunidade será feita uma exposição dos preços de alguns produtos com impostos e sem impostos, nas tarjetas de valores das mercadorias do Althoff Supermercados. No local terá um banner explicando que a ação é referente ao Feirão do Imposto.

Por fim, no dia 27 de maio durante a manhã será feita a panfletagem e divulgação do Feirão do Imposto em Frente ao Althoff Supermercados com a exposição e comercialização de alguns produtos sem impostos.

O Feirão e seus resultados

O projeto Feirão do Imposto foi criado em 2003, na cidade de Joinville (SC) pelo Núcleo de Jovens Empresários da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), que mobilizou a sociedade civil joinvilense para informar e, sobretudo, educar a população a respeito do quanto se paga em impostos. A partir dessa mobilização, o Feirão se tornou uma ação nacional, desenvolvida anualmente pela Confederação Nacional de Jovens Empresários (CONAJE) para conscientizar o quanto se paga em impostos e acompanhar a destinação dos tributos.

A CONAJE, os movimentos estaduais e os parceiros na realização do Feirão do Imposto já conseguiram alcançar importantes resultados para reduzir a carga tributária brasileira, além de conscientizar, a cada ano, uma grande parcela da população. Entre os resultados estão a Lei 12.741 (Lei da Transparência), que instituiu a discriminação dos impostos nas notas e cupons fiscais, e a Lei 12.839, que estabeleceu a retirada de impostos federais que incidem em produtos da cesta básica.

Em agosto de 2014, também foi sancionada a Lei Complementar 147, que universaliza o acesso ao Simples Nacional ou Supersimples. A lei prevê a unificação do pagamento de oito tributos cobrados pela União, estados e municípios das micro e pequenas empresas. Conhecida também como Lei da Micro e Pequena Empresa, a medida foi apoiada desde o início pela CONAJE, que participou das articulações desde o lançamento do projeto até a sanção da lei complementar.

Corrupção no Brasil

Segundo a Organização de Transparência Internacional, o Brasil piorou três posições no ranking sobre a percepção da corrupção no mundo em 2015, ficando na 79ª posição entre 176 países, ao lado de China, Índia e Bielorússia. O estudo leva em conta outros 13 levantamentos relacionados a corrupção realizados por instituições como Banco Mundial, World Justice Project e Global Insight.

A corrupção interfere no retorno dos impostos em benefícios para a sociedade, porque retira investimentos em áreas essenciais como saúde, segurança e educação. De acordo com a Organização das Nações Unidas, estima-se que, aproximadamente, R$ 200 bilhões são desviados no Brasil, por ano. Este valor significa três vezes o orçamento da saúde ou educação, e cinco vezes o orçamento da segurança pública.

A corrupção também afeta a competitividade das empresas, sendo que o Brasil perdeu mais seis posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para a 81ª colocação em 2016. O ranking avalia 138 países e foi divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). O levantamento é um termômetro do nível de produtividade e das condições oferecidas pelos países para gerar oportunidades e para que as empresas possam obter sucesso. Além disso, a corrupção atrapalha o desenvolvimento econômico e social. Pesquisas revelam que quanto maior o índice de corrupção, maior será a desigualdade e menor será o desenvolvimento.

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